Suspeitos de envio ilegal de remédios para o exterior montaram farmácia e movimentaram R$ 4 mi
25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiás, São Paulo, Paraná, Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais e o Distrito Federal
Redação - Goiânia, GO

Suspeitos de envio ilegal de remédios para o exterior movimentaram R$ 4 mi
Imagem: Foto: Divulgação
O grupo suspeito de envio ilegal de remédios para o exterior montou uma farmácia clandestina fora do Brasil e movimentou cerca de R$ 4 milhões com a atividade ilícita em dois anos. Nesta quinta-feira (24/4), a Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná, Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais e o Distrito Federal. O líder do grupo, que mora no exterior, foi detido.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Bruno Gama, o líder contava com o apoio de familiares que moram no Brasil. Os parentes eram responsáveis pela compra dos medicamentos mediante falsificação de receituários médicos. Os produtos eram ocultados em grandes caixas e enviados por meio de empresas de remessas internacionais.
Ao todo, foram realizados mais de 150 envios. Para tentar simular legalidade, também eram enviados receituários falsificados com alegação de consumo próprio. No entanto, conforme o delegado, o volume e a frequência das remessas evidenciaram que os medicamentos eram destinados à venda clandestina.
O núcleo estrangeiro do grupo utilizava diversas pessoas para receber os produtos. Após o recebimento, os medicamentos eram entregues ao líder, que estruturou uma farmácia clandestina para comercialização direta à comunidade brasileira no país onde residia.
A investigação apura ainda o envolvimento de outras pessoas e analisa se farmácias brasileiras participaram do esquema de fornecimento dos remédios.
Envio de remédios para o exterior
Segundo as investigações, o grupo atuava de forma estruturada em dois núcleos distintos — um operando dentro do Brasil, responsável pela obtenção dos remédios por meio de falsificação de receitas médicas, e outro no exterior, encarregado de receber os remédios enviados ilegalmente, com o envio sendo disfarçado como uso pessoal.
Além da fraude na aquisição e remessa dos medicamentos, há indícios de que alguns dos fármacos estavam sendo destinados para fins ilícitos. Os investigados poderão ser indiciados por tráfico de drogas, entre outros crimes relacionados à falsidade documental e contrabando.
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