Golpes virtuais: pessoas que emprestam contas podem pegar 20 anos de prisão, diz delegado
Golpes realizados em ambiente virtual motivaram operação realizada pela Polícia Civil nesta quinta-feira
Redação - Goiânia, GO

Suspeita de envolvimento em golpes virtuais é presa
Imagem: (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil de Goiás conseguiu localizar, até o final da manhã desta quarta-feira (23/04), 43, dos 50 suspeitos de integrarem uma quadrilha que aplica golpes virtuais em todo o Brasil, que tiveram suas prisões decretadas pela justiça. Segundo o delegado que investiga o caso, Maytán Vinícius Santana, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), tanto quem aplicou o golpe, como quem apenas emprestou contas para a transferência dos valores obtidos de forma ilícita, responderão pelos mesmos crimes, e, se condenados, poderão passar mais de 20 anos na cadeia.
A ação desencadeada hoje é continuação de uma investigação que começou em 2021, e que em 2023, já havia identificado e prendido alguns membros de quadrilhas que aplicam golpes virtuais. Durante as apurações, constatou-se que os criminosos enganavam vítimas, normalmente por chamadas de mensagens pelo celular, ou em páginas de Internet, nos chamados “golpe do novo número”, “golpe do falso intermediário”, “golpe do falso aluguel de pousadas”, e no “golpe do nudes”.
Em três deles, as vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para supostos parentes, para garantir a compra de veículos, ou para garantir reservas em estabelecimentos que ficam em cidades turísticas. Já no golpe do nudes, as vítimas eram extorquidas e ameaçadas para que transferissem valores como forma de que não fossem presas ou até mortas.
“O mais importante nessa operação, é que todos os envolvidos, seja ele o mentor dos golpes, a pessoa que fazia a ligação ou o contato, ou quem emprestou sua conta para receber valores, responderão, presos, por estelionato, associação criminosa, e lavagem de dinheiro, crimes que, somados, tem pena de reclusão que podem passar de 21 anos. Isso sem falar que o nome da pessoa vai ficar sujo para o resto da vida”, pontuou o delegado.
Investigados praticaram quase 160 golpes
Alguns dos presos na operação desta quarta-feira, segundo Maytán Vinícius Santana, responderão por mais de um crime, já que enganavam, diariamente, mais de três vítimas. Até agora, a Deic já identificou 154 golpes aplicados pelas quadrilhas, em diferentes estados brasileiros.
Os 50 mandados de prisão, e 50 de busca e apreensão, foram cumpridos por mais de 200 policiais hoje em Goiás, no Distrito Federal, e no Tocantins. Nomes e idades dos 43 presos, e dos sete suspeitos que continuam sendo procurados, não foram divulgados. Sabe-se, porém, que entre os presos há homens e mulheres, incluindo algumas idosas.
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