Falsificação na Agrodefesa permitiu a negociação de seis mil cabeças de gado clandestino
A apreensão de documentos, computadores e celulares devem ajudar a polícia a descobrir a origem do gado que foi comercializado de forma irregular
Da Redação - Goiânia, GO

Arma apreendida durante execução de mandados de busca
Imagem: Reprodução Internet
Servidores públicos, empresários e produtores rurais estão sendo investigados pela Polícia Civil sob suspeita de terem comercializado pelo menos seis mil cabeças de gado sem procedência em Goiás. Investigações apontam que a venda destes animais só foi possível devido à falsificação de documentos, realizada dentro da Agência Goiana de Defesa Agropecuária de Goiás (Agrodefesa).
A própria agência encontrou irregularidades com cruzamento de dados e passou o caso à Polícia Civil. Após mais de dois meses de investigações, agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (29), 19 mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios de empresários, produtores rurais, e de servidores públicos, incluindo um secretário municipal, que, assim como os demais investigações, não teve o nome, nem a idade revelada.
Os mandados foram cumpridos em Rubiataba, Goianésia, Faina, Minaçu, Araguapaz, Goiás, Carmo do Rio Verde e Barra do Garças, no Mato Grosso. Durante a execução das ordens judiciais, dois investigados acabaram autuados em flagrante após os policiais encontrarem, nas casas deles, armas e munições.
Busca pela procedência
A apreensão de documentos, computadores e celulares devem ajudar a polícia a descobrir a origem do gado que foi comercializado de forma irregular. Segundo o delegado Cleybio Januário, da DERCAP, sem a inserção de documentos falsos no sistema da Agrodefesa, estes animais jamais teriam sido comprados, vendidos ou transportados.
“Com a apreensão desse material coletado hoje, concedida pela justiça, nós vamos trabalhar agora para descobrir o porque destas falsificações, se os animais que eles comercializaram foram furtados, roubados ou extraviados”, pontuou.
Os servidores públicos que estão sendo investigados, afirmou o delegado, já foram afastados de suas funções. A Agrodefesa, que como dito no início da matéria, foi quem solicitou a investigação junto à PC, ainda não se pronunciou à imprensa sobre o envolvimento de servidores no esquema.
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