A taxa de desemprego chegou a 7% no trimestre encerrado em março de 2025, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor índice para os primeiros três meses de um ano desde o início da série histórica, em 2012.

Conforme o IBGE, anteriormente, o menor valor tinha sido registrado em 2014, com 7,2% entre janeiro e março. No mesmo período de 2024, o percentual era de 7,9%. 

De volta ao levantamento, a Pnad Contínua também apontou que o contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, frente ao mesmo trimestre do ano passado, registrou aumento na Indústria Geral (3,3%, ou mais 431 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,1%, ou mais 592 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (4,4%, ou mais 253 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,1%, ou mais 518 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4%, ou mais 713 mil pessoas).

Mostrou, também, que o montante de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre móvel anterior (encerrado em dezembro). Este permaneceu em 39,4 milhões. Sobre o volume de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões), houve queda de 5,3% (menos 751 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2024.

A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, afirma, ainda, que “o bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação no último trimestre de 2024. A taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”.

Rendimento médio

O IBGE informou, ainda, o rendimento médio das pessoas ocupadas. Conforme o levantamento, o valor chegou a R$ 3.410, outro novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 1,2% no trimestre e de 4% na comparação anual.

Por grupamentos, na comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2024, houve destaque na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,1%, ou mais R$ 85) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais R$ 145), sem variações significativas nos demais grupamentos.