Coronel diz que ia atirar para cima, mas atingiu pescoço de engenheiro
Erceli Miguel, 49 anos, foi assassinado na porta de casa no sábado (16/4) após discussão com coronel reformado da Polícia Militar de Goiás
Redação - Goiânia, GO

Imagem: Reprodução
O coronel reformado da Polícia Militar Clovis de Sousa Silva, de 62 anos, se apresentou no Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil em Aparecida de Goiânia na manhã desta segunda-feira (18/4).
Ele confessou ter matado o engenheiro Erceli Miguel Pinto, de 49 anos, na porta da casa deste, na manhã de sábado (16/4), na Vila Brasília, em Aparecida, região metropolitana da capital.
Segundo o delegado Rogério Bicalho, o coronel Clovis disse que tinha um desacordo comercial com o engenheiro, por causa de um serviço contratado que o policial teria ficado insatisfeito. Erceli deixou esposa, dois filhos, quatro irmãos, pai e mãe.
Encontro ao acaso
Na manhã de sábado, o coronel teria se encontrado por acaso com o engenheiro e teriam iniciado uma discussão.
“Ele alegou que a vítima o agrediu verbalmente e até fisicamente com um empurrão. Disse também que quis atirar para cima e acabou acertando o pescoço (do engenheiro)”, relatou ao Metrópoles o delegado.
O coronel não foi preso, pois a polícia considerou que a situação não era mais de flagrante. Na noite do mesmo dia do crime, o coronel chegou a se apresentar na corregedoria da PM, mas ficou marcado de se apresentar para a Polícia Civil na segunda.
Investigação
A Polícia Civil pode pedir a prisão preventiva do coronel. O delegado disse que as investigações continuam, com depoimentos de testemunhas e buscas por imagens de segurança na região do crime.
Houve perícia no local do crime com o corpo presente, já que o engenheiro morreu logo depois do tiro. O disparo acertou na jugular da esquerda para a direita, de acordo com boletim de ocorrência.
Inicialmente, a viúva do engenheiro chegou a cogitar o envolvimento de um agiota, que teria ameaçado a vítima. No entanto, o próprio coronel confessou o crime. A arma do crime teria sido descartada e não foi entregue.
O Metrópoles pediu um posicionamento da PM e da Secretaria de Segurança Pública desde domingo, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. A reportagem tenta contato com o coronel e a defesa dele.
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